quinta-feira, 25 de novembro de 2010

QUEM REALMENTE NECESSITA DE CURA? - Philippe Madre

Como o senhor vê o ministério de cura?

Philippe Madre: Pessoalmente, eu viajo muito pelo mundo num ministério de ensino e pregação da misericórdia de Deus e é verdade que o Senhor dá muitos frutos a este ensino, a esta pregação, por sinais de cura, muitas vezes surpreendentes, cura do coração, da alma, curas físicas, curas milagrosas porque o Espírito Santo age também hoje, tão fortemente quanto há dois mil anos.

A cura do corpo e da alma é algo de muito importante para o mundo de hoje e já era importante para Jesus. Há dois mil anos, anuncia-se a boa nova operando sinais e prodígios. Nós vivemos numa época muito atormentada. O homem está bem doente, seja em seu psiquismo, seja em seu coração, seja em sua própria vida - ele não encontra mais sentido para a vida.

Alguns, por causa dessa doença em sua vida e existência, procuram muitas formas de cura, de sentido para a vida que são mais ídolos que propriamente a Verdade. É por isso que para a Igreja Católica hoje a Evangelização é tão importante. E ela se acompanha sempre de curas físicas, psicológicas ou espirituais, porque estas curas primeiramente confirmam a verdade daquilo que é anunciado, a verdade de Jesus que morreu, ressuscitou e está vivo hoje, para cada um de nós.

O que a cura produz?

Philippe Madre: A cura transforma o coração. Pode-se dizer que as curas não servem apenas para funcionar como sinal, como agentes do espetáculo cristão, mas elas têm em si mesmas um poder de transformação do coração do homem, da vida do homem e elas lhe ensinam que ele é chamado à felicidade, não à tristeza, à angústia, à infelicidade. Eis por que não se pode hesitar em invocar o Espírito de Cristo ressuscitado, porque, a cada vez que se ensina a verdade cristã, Ele lá está e se produzem normalmente sinais de cura, de libertação dos corações.

Quem, realmente, necessita de cura?

Philippe Madre: A cura que Jesus traz a alguém nos lembra que todos temos necessidade de cura. Não necessariamente cura do corpo ou da alma, porque pode ser que tenhamos saúde, mas há uma cura de que todos temos necessidade, que é aquela de poder encontrar Jesus vivo! Atualmente, há muitos doentes neste mundo. Eles estão doentes porque não conhecem Jesus ou porque alguém lhes propõe falsas imagens de Jesus. Elas são como ídolos a quem se dá o nome de Jesus, mas que não são Jesus. Então, essa cura que todos precisam pedir é a de poder encontrar o verdadeiro Jesus, aquele que nos mostra que temos um Pai que nos ama e que nos dá a cada instante a vida em nossa existência.

Nosso coração é ferido. Nosso coração não conhece suficientemente a Deus. É verdade que temos o desejo de crer. Mas o desejo de crer em Jesus nem sempre é bastante. É preciso desejar crer em Jesus, mas é preciso aprender a conhecê-lo. E Jesus é a ressurreição e a vida, como diz o apóstolo João. Não sabemos sempre escolher a vida. Muitas vezes, escolhemos a morte sem saber. Mesmo se continuamos a viver normalmente nossa vida de cristão, às vezes, escolhemos a morte. Isso acontece sempre que nós escolhemos não abrir as portas do nosso coração a Jesus.

E por que nós escolhemos fechar as portas do coração a Jesus? Porque há uma grande ferida em nosso coração. Esta ferida é a ferida do medo de Deus. Freqüentemente temos medo de Deus no mais profundo do nosso coração. E Deus entende isso. É por isso que Ele nos presenteia sua misericórdia. A misericórdia de Deus é o coração de Deus que toma nossas misérias para colocá-las dentro dele, dentro de seu coração.

E é esta misericórdia que nos cura de nosso medo de Deus. Muitas vezes temos medo de Deus porque em nossa consciência, memória, temos eventos de nossa vida que nos fizeram mal, temos remorso, vivemos coisas que não queremos trazer para a luz, vivemos coisas que não nos deixam em paz. Temos em nosso coração revolta, amarguras e tudo isso faz com que, profundamente, tenhamos medo de Deus. Mas Deus, que é nosso Pai, é um Deus de misericórdia e Ele supera todas as misérias que estão sobre nós para vir habitar em nós, por nos amar. Você abre sua ferida profunda à presença de Deus, ao amor de Deus? A este amor que é misericórdia? Se você abre esta ferida, se você a dá para Deus, você saboreará esta misericórdia, e você escolherá a vida, viverá mais e mais no amor de teu Deus e você será feliz e perdoado.

Saiba Como purificar uma casa de espíritos territoriais

EM PRIMEIRO LUGAR:

Precisamos entender que espíritos territoriais argumentam e resistem para ocupar determinados espaços geográficos, tendo como responsabilidade amaldiçoar tais localidades. Muitas residências tem sido atormentadas por demônios, mesmo sendo seus moradores pessoas sem aparente envolvimento com os mesmos. Isso acontece porque tais espíritos foram invocados por antigos moradores, por freqüentadores do local ou por amigos e famíliares, e hoje exigem o direito de permanecerem no local.

ALGUMAS CONSEQÜÊNCIAS DA PRESENÇA DE TAIS ESPÍRITOS:

- Enfermidades

- Vícios

- Problemas sentimentais

- Problemas emocionais

- Problemas familiares

- Amarração financeira

Entenda uma coisa. O diabo veio para matar, roubar e destruir. Onde tiver um demônio, existirá destruição.

ALGUNS MOTIVOS QUE ATRAEM A PRESENÇA DE UM ESPÍRITO TERRITORIAL:

- Desamor

- Feitiçaria

- Brigas familiares

- Inveja

- Simpatias

- Pecados

- Invocações e rituais

- Objetos amaldiçoados

- Objetos enterrados

- Borra de vela de macumba nos jardins

- Plantas “trabalhadas”

As praticas ocultas deixa na casa onde foram feitas ou causa profundos danos sejam elas materiais ou espirituais. Quando tais praticas acontecem abrimos brechas para que os espíritos imundos domine e tenha poder.

VEJAMOS NA BÍBLIA LUGARES HABITADOS POR DEMÔNIOS:

“...conheço o lugar em que habitas,onde está o trono de satanás, e que conservas o meu nome não negaste a minha fé, ainda nos dias de antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde satanás habita.” (apocalipse 2:13)

“O dono da casa fará saber ao sacerdote [profeta de DEUS], dizendo: Parece-me que há como que praga em minha casa. O sacerdote ordenará que esvaziem casa, antes que venha para examinar a praga, para que não seja contaminado tudo o que está na casa; depois, virá o sacerdote, para examinar a casa.” (levítico 14:35,36)

Muitas vezes, os espíritos demoníacos se apoderam de uma determinada casa, por causa de práticas ocultas feito para um antigo morador. O morador mudou-se, mas os efeitos do ocultismo permaneceram no lugar.

É necessário, portanto clamar o Sangue de Jesus para lavar toda realidade negativa e opressiva, clamar pela misericórdia do Senhor, pelos pecados de ocultismo, por tudo que ofendeu a Deus ou até mesmo aos nossos irmãos, pois muitas praticas ocultas são para destruir outra pessoa.

Recorrer a Mãe Santíssima sempre é o melhor recurso, ela como mãe, sabe quais são as nossas necessidades, aquilo que mais estamos precisando, ela é nossa fiel intercessora, por isso a devoção ao terço é muito valida para dissipar e afugentar a presença maligna.

A vivencia dos sacramentos da igreja é fundamental, quando comungamos Jesus Eucarística, sua presença em nós não se limita a igreja, mas ele nos acompanha em todos os lugares, passamos a ser sacrários vivos do Senhor, a Confissão, também é cura e principalmente libertação, nela rompemos com o pecado e a nossa presença torna-se terror para os Espíritos imundos. Outra arma poderosa é orar pelos que fizeram os trabalhos ou invocações para que elas sejam abençoados por Deus, que o Senhor os liberte e nunca desejar que o mal retorne, mas sim que o mal se anule e que o bem o atinja.

Portanto se desejamos ter nossa casa livre das presenças malignas, devemos nos preocupar não somente com o espaço físico, mas com nós em primeiro lugar e então o ambiente onde estivermos será atingido. Deve-se, claro, orar pelo ambiente, porém de nada adiantará pedir a expulsão dos espíritos se nós o trazemos de volta por nossas pecados e infidelidades.

Pe. Ruffus - Quem é Jesus para você?

Jesus estava orando, a sós, e os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes:

“Quem dizem as multidões que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és

João Batista; outros, que és Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas

ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro

respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas ele advertiu-os para que não contassem isso

a ninguém. E explicou: “É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado

pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia

ressuscitar” (Lc 9,18-22). Essa é uma das passagens-chave da Bíblia, que me faz

lembrar a primeira vez que peregrinei para a Terra Santa. O guia conduziu-nos para o norte, além da Galileia. Perguntei para ele: “Mas aqui já termina a Terra Santa, para onde está nos conduzindo?” E ele disse-nos: “Esperem um momento”. Finalmente, levou-nos a um lugar hoje chamado Balias, mas que, naquele tempo, chamava-se Panion, lugar dedicado ao antigo deus grego Pan e que,

na época da Bíblia, era chamado de Cesareia de Filipe – cidade dedicada ao imperador de Roma e construída pelo tetrarca da Galileia, chamado Filipe.

Naquele local, o guia leu para nós essa passagem do Evangelho. Jesus levou os seus apóstolos para aquele lugar, que era muito popular e ficava na montanha, e eles

viam milhares de pessoas adorando aquele deus chamado Pan. Ali estava Jesus com os Doze, quase todos pescadores vindos das aldeias da Galileia, e lhes faz uma pergunta:

“O que as pessoas dizem de mim, quem eles dizem que eu sou?” E os apóstolos disseram: “Jesus, as pessoas têm um apreço muito grande por você. Chamam-no de

grande profeta, alguns até dizem que você é o profeta Elias, outros chegam a dizer que você é João Batista que voltou à vida”. Então, Jesus voltou-se a seus apóstolos e

perguntou: “Quem sou eu para vocês? Vocês têm me ouvido pregar por três anos, têm me visto curar e expulsar demônios, conhecem-me melhor do que qualquer uma

dessas pessoas. Quem vocês dizem que eu sou? Quem sou eu para vocês?” E então, cheio do Espírito, Pedro respondeu:

“Senhor, para nós, você não é outro profeta, nem

alguém desse mundo, mas alguém do Alto. Você não é

outro trabalhador, você é o Salvador, o poderoso Salvador

que veio do Céu – o Filho de Deus”.

Também hoje Jesus nos faz a mesma pergunta: “Quem

sou eu para você? Talvez eu seja só mais uma pessoa a

quem você homenageia, a quem você presta atenção ou,

talvez, eu seja somente mais um dos grandes do mundo

de hoje”. É importante respondermos pessoalmente a

esta pergunta: “Quem é Jesus para mim?”

O primeiro Jesus que conheci foi quando eu era criança.

Para mim, nesta fase, Ele era apenas um retrato, uma

estatueta, talvez o bebê menino na manjedoura, no tempo

de Natal. Agora sei que aquele não é Jesus. Ele não é

uma estatueta ou um retrato que guardamos.



Certa vez, fui à casa de uma família bem espiritual, carismática,

em Bombaim (Índia), e comecei a conversar com

a filha pequena do casal. Apontei para o quadro de Jesus na

parede e disse: “Você sabe que aquele é Jesus?” Ela olhou

para mim com os olhos arregalados e disse: “Aquele não

é Jesus, é um quadro. Jesus é o que está no meu coração”.

Quando tinha a idade dela, pensava que aquele quadro era

Jesus. É bom termos retratos e imagens nas nossas casas para

lembrarmos de Jesus, mas precisamos saber que eles estão lá

apenas para nos fazer lembrar dele; aquilo não é Jesus.

Na época do colegial, li uma linda história da Bíblia.

Na página da esquerda, havia um lindo desenho de um

milagre de Jesus; na página da direita, uma descrição da

história daquele milagre. A partir desse fato, para mim,

Jesus tornou-se um grande curador, aquele que faz grandes

coisas. Mas agora eu sei que esse também não é Jesus.

Ele não é simplesmente um curador, alguém que faz coisas

maravilhosas hoje. Mesmo no seu tempo, quando as

pessoas o seguiam somente pelas curas e milagres, Jesus

fugia delas, escondia-se. Infelizmente, as pessoas ainda

seguem para determinados lugares em virtude somente

das curas. Jesus é muito mais do que simplesmente um

curador, um milagreiro.

Anos mais tarde, ao chegar ao seminário, li um livro

escrito por um ateu, que questionava a existência histórica

de Jesus. Meu sangue de jovem seminarista fervia e, então,

comecei a estudar outras obras para provar a real existência

de Jesus. Agora, sei que ali também não é Jesus. Ele

não é simplesmente uma pessoa que realmente existiu há

muito tempo, mas sim alguém que é muito mais do que o

Jesus histórico.

Logo depois, cheguei à fase da teologia: pude ler a Bíblia

e todas as Escrituras e fiquei fascinado com os lindos

ensinamentos de Jesus. Para mim, Ele transformou-se em

um grande professor, no maior professor do mundo. Contudo,

pude perceber que aquele também não era Jesus.

Ele não é simplesmente um grande professor, como foi,

por exemplo, Mahatma Gandhi, um grande homem do

meu país, a Índia. Jesus é muito mais do que o maior professor

do mundo.

Em outra ocasião, vivi uma experiência a partir da

qual pude perceber que Jesus não era mais uma pessoa

histórica, um professor ou um realizador de milagres. Ele

passou a ser uma pessoa mais viva e real do que qualquer

outra que conhecia. Uma pessoa com quem poderia ter

um relacionamento; alguém que certamente me ouviria

quando eu falasse, da mesma forma que eu o ouviria

quando Ele me dissesse algo. Esse é Jesus.

Jesus é uma pessoa que deseja ardentemente ter um relacionamento

pessoal com cada um de nós. Percebi isso quando reli o primeiro

capítulo do Evangelho de São João. Certo dia, João Batista

conversava com dois de seus discípulos, e Jesus passou ali

perto. João Batista reconheceu aquela pessoa que passava

como o Salvador do Mundo e disse aos seus discípulos:

“Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1,36). Ainda hoje, Jesus passa

próximo a nós: talvez não o reconheçamos, porque não

estamos atentos para perceber sua passagem ou estejamos

surdos quando alguém nos indica: “Ali está Jesus”.

Aqueles dois discípulos ouviram João Batista e viram

Jesus passar. O que eles fizeram? Imediatamente, deixaram

João Batista e começaram a seguir Jesus. Em um certo

momento, Jesus volta-se para eles e pergunta: “O que vocês

querem?” O Senhor faz essa mesma pergunta a cada

um de nós: “O que você quer? O que você quer da vida?

O que você quer de Deus, o seu Pai? O que você realmente

quer?” Jesus fez àqueles discípulos uma pergunta, e

eles responderam fazendo outra: “Mestre, onde moras?”,

como quem diz: “Não queremos nada de ti, não queremos

uma cura ou um milagre, não precisamos de um ensinamento,

nós queremos a ti, como pessoa. Só queremos estar

contigo, visitar o lugar onde moras”. A resposta de Jesus foram

somente três palavras – muitas vezes suas respostas são

curtas, mas muito importantes: “Vinde e vede”. “Vinde”

significa que você está sendo convidado – Jesus nunca força

ninguém. Todo o Evangelho começa com este convite

de Jesus: “Vinde, vinde e eu vou libertá-lo dos seus fardos,

vinde e eu o farei pescador de homens. Vinde beber das

águas vivas da minha fonte”. Logo no início do Evangelho

de São João, Jesus diz “Vinde. Lá, então, vereis”.

Na Bíblia, o verbo ver não significa simplesmente enxergar

com os olhos, mas também experimentar tudo

aquilo que você sempre quis e ainda não realizou, ter

uma satisfação e uma felicidade jamais sentidas, apresentar

uma paz e força que até então desconhecia.

“Vinde e vede”. E o que aqueles discípulos fizeram? Seguiram

a Jesus. O Evangelho nos conta que passaram o

resto do dia com Jesus. Você sabe como foi esse dia com

Ele? Não fizeram nada mais, nada menos que olhá-lo e

ouvi-lo. Experimentaram Jesus como pessoa.

Depois dessa experiência, os dois discípulos foram

contar aos seus familiares e amigos que haviam encontrado

Jesus. Um dos discípulos era André, que foi até o

seu irmão Pedro e disse-lhe: “Encontramos aquele que

estávamos procurando, encontramos Jesus, o Messias”. E

também Pedro foi, juntamente com André, até Jesus.

Hoje, Ele faz a mesma pergunta: “Quem sou eu para

você?” E quando respondermos corretamente, Ele dirá a

cada um de nós: “Vinde e vede”.

É isso que percebi no grande livro de Jó, aparentemente

monótono num primeiro momento – sempre com



discussões entre ele e seus amigos sobre Deus, que permanece

ouvindo pacientemente. Nos últimos capítulos,

porém, Deus começa a falar a Jó: “Onde estavas, quando

lancei os fundamentos da terra? Informa-me, se tens o

entendimento" (Jó 38,4). Deus, nos três capítulos e meio

seguintes, continua fazendo perguntas e mais perguntas a

Jó, que responde no último capítulo: “Eu te conhecia só

por ouvir dizer, mas, agora, vejo-te com meus próprios

olhos. Por isso, acuso-me a mim mesmo e me arrependo,

no pó e na cinza” (Jó 42,5-6).

Pe. Antonello fala um pouco sobre o Repouso no Espírito

O repouso do Espírito é uma novidade que está aparecendo agora, nestes últimos 25, 30 anos. Antes, era muito menos espalhado esse dom. Era mais para os santos como Santa Gema Galgani, Santa Teresa D’Avila. Padre Pio me parece que recebeu os estigmas durante o repouso do Espírito, tanto que, lá em San Giovanni Rotondo está escrito: "Eu me senti cair, repousei e vi cinco flechas, raios, que tocavam as minhas mãos, os pés e o coração".

Então, somente alguns santos viveram essa graça. Agora, ela está mesmo "explodindo" em muitas pessoas, depois desta descoberta do Espírito Santo, depois do Concilio do Vaticano II. O repouso do Espírito é como um dom, um presente particular que Jesus dá às pessoas e onde as pessoas são penetradas, eu dizia como um "laser" que penetrasse violentamente uma parede de inox. E por que dou este exemplo? Porque nós com nosso corpo, músculos e nervos, somos fechados à ação de Deus, à ação dos outros e não acreditamos mais em nós mesmos...

Jesus, para falar aos nossos corações e curar nossas feridas, deve, através desse dom, penetrar esse "aço", que é o nosso corpo. Na presença desse sobrenatural, a pessoa não agüenta mais; cai no chão e lá, uma vez que se abandona nos braços de Deus, Jesus pode operar a maioria das curas que opera quando na maioria dos repousos do Espírito, são curas interiores, porque Deus quer fazer de nós, primeiramente, filhos verdadeiros, profundamente curados na interioridade de nosso ser, na liberdade de nosso inconsciente, que atrapalha demais o nosso mundo de hoje. Também, às vezes, cura fisicamente, porque você pode saber, como vocês todos da Internet podem saber, que no corpo a pessoa é uma coisa só, não só o físico, não só alma, espírito, mas sim num todo. E quando Jesus age, age por completo, na Sua maravilha. O que acontece: no repouso do Espírito a pessoa se sente renovada. Para terminar, como na transfiguração, onde Pedro, João disseram: "Meu Deus, deixe que fiquemos aqui, porque é muito belo o que vemos”. É Deus que se revela com sua força, com sua maravilha, é claro que, além do repouso do Espírito, desse êxtase que acontece na pessoa, precisa depois continuar a viver comprometida, porque senão o repouso do Espírito não tem efeito. Mas se a pessoa vive comprometida, se entrega completamente a Deus, é uma etapa fundamental para poder crescer.


 Quais os temas abordados no seu livro sobre o Repouso no Espírito?


Eu tive a idéia de escrever esse livro, porque no documento 53, da CNBB, os bispos pedem para poderem estudar, para poderem experimentar e estudar teologicamente estes dons: dons de língua, dons de cura, dons de ciência... entre eles o repouso do Espírito, e diz entre aspas aos bispos para terem cuidado para ser realmente uma coisa de Deus. Sendo que tenho 12, 14 anos de experiência com esse tipo de dom, de presente de Deus, decidi escrever esse livro onde eu trato dos vários momentos que acontece esse encontro íntimo com Deus, quando não é um encontro, em um repouso do Espírito, quais são os momentos que acontecem, quais são as dificuldades. Conto de muitas experiências, tento exemplificar alguns santos que receberam repouso do Espírito para, deles, dizer para todo mundo como é importante crescer nesse dom. É um livro de 140, 150 páginas, onde eu tentei colocar muitos testemunhos para poder mostrar que, também no povo de rua, no meio dos meninos de rua, acontecem graças maravilhosas: meninos que deixam drogas, alcoólatras que depois do repouso no Espírito não bebem mais e pedem para serem levados para a nossa casa de recuperação... tantas graças, tudo isso com o repouso do Espírito.



Faça uma oração pedindo o batismo do Espírito Santo para nossos internautas.



Neste momento, antes de rezar, gostaria que você se colocasse na serenidade do Espírito, pedindo que tudo o que é a Internet possa ser purificada, todos vírus, as maldades, todas as abominações, que possam ser destruídas neste momento e você, fechando os olhos, abandona-te, abandona-te completamente e deixa que Deus possa agora se colocar do seu lado, mover as suas mãos, teus dedos e, sobretudo, penetrar nas suas feridas, as suas mãos chagadas, dentro do seu coração. Eu lhe peço, Senhor Jesus, que o Senhor possa cuidar desses filhos e filhas que navegam na Internet. Que eles possam ter a força de superar as tentações de procurar coisas erradas, mas fiquem sempre abandonados, através da Internet, no Seu amor misericordioso. Que possam usar esse instrumento, Senhor Jesus, para poder espalhar a Sua verdade e a Sua palavra. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SERÁ QUE DEUS É CULPADO?

Finalmente a verdade é dita na TV Americana.

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:

'Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?'

Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:

'Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós.

Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.

Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou.

Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?'

À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc...

Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas...

A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.

Logo depois o Dr.. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos:

'Um perito nesse assunto deve saber o que está falando'.

E então concordamos com ele.

Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal.

Então foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos... (há diferença entre disciplinar e tocar).

Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem.

E nós aceitamos sem ao menos questionar.

Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade.

E nós dissemos: 'Está bem!'

Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino.

Depois outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de Crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet.

E nós dissemos:

'Está bem, isto é democracia, e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso'.

Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado;

porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios...

Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender:

nós colhemos só aquilo que semeamos!!!

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus:

'Senhor, porque não salvaste aquela criança na escola?'

A resposta dele:

'Querida criança, não me deixam entrar nas escolas!!!'

É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno.

É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, ou do que a sua religião, que você diz que segue ensina.

É triste como alguém diz:

'Eu creio em Deus'.

Mas ainda assim segue a satanás, que, por sinal, também 'Crê' em Deus.

É engraçado como somos rápidos para julgar, mas não queremos ser julgados!

Como podemos enviar centenas de piadas pelo e-mail, e elas se espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar algum e-mail falando de Deus, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!

É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho.

É triste ver como as pessoas ficam inflamadas a respeito de Cristo nos Domingos, mas depois se transformam em cristãos invisíveis pelo resto da semana.

Você mesmo pode não querer reenviar esta mensagem a muitos de sua lista de endereços porque você não tem certeza a respeito de como a receberão, ou do que pensarão a seu respeito, por lhes ter enviado.

Não é verdade?

Gozado que nós nos preocupamos mais com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito do que com o que Deus pensa...

'Garanto que Ele que enxerga tudo em nosso coração está torcendo para que você, no seu livre arbítrio, envie estas palavras a outras pessoas'.

Passe essa mensagem adiante, se acha que ela tem algum mérito.

Se não, ignore-a... e delete-a...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Medicina e Religião

Com o auxílio do Dr. Roque Marcos Savioli, doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP , Diretor da Unidade de Saúde Suplementar do Instituto do Coração do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP e autor dos livros : Milagres que a medicina não contou; Depressão onde está Deus? e Curando Corações e com os dados fornecidos por ele, escrevemos este item para o leitor que desejar se aprofundar no assunto.

A Igreja respeita profundamente a ciência; de modo especial a medicina, e simplesmente acata aquilo que a medicina séria comprova e considera válido.

Sabemos que a partir do século IV, organizações religiosas ligadas à Igreja Católica foram pioneiras na construção dos primeiros hospitais do ocidente com o objetivo de atender à população carente que necessitava de cuidados médicos. A partir dessa época, os mosteiros e as ordens religiosas eram responsáveis pela formação e habilitação dos profissionais médicos, mantendo sempre seu perfil humanista. Nesse tempo, o médico e o religioso eram a mesma pessoa, que curava o corpo, alma e espírito (a tradição popular portuguesa ainda traz a palavra "cura" como sinônimo de padre).

As grandes transformações político-sociais que vieram com a Revolução Francesa e a Reforma Protestante, no entanto, iniciaram ideias separatistas também na relação medicina e religião. A partir da metade do século XIX, o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a grande evolução do pensamento humano e o advento da medicina científica, separaram totalmente a medicina da

religião, particularmente após Charles Darwin publicar seu revolucionário livro A evolução das espécies por meio da seleção natural. Essa obra levou os teólogos a começarem ver a ciência como uma ameaça à sua fé. A ciência, por sua vez, já há muito tempo via a religião como uma ameaça à liberdade científica.

No século XX, Freud, um dos pioneiros da psicologia, admitia que a religião poderia causar doença psicológica, por ele denominada "neurose obsessiva universal", e descreveu as experiências místicas como "regressão ao narcisismo primário". Carl Jung, seguidor de Freud, contestava seu mestre ao admitir que a busca de um bem estar espiritual era fator preponderante para a manutenção da saúde mental. Jung, fundador de uma das maiores escolas de psicologia do mundo, foi categórico ao admitir a importância dos rituais católicos na cura dos problemas emocionais, principalmente a eficácia dos sacramentos, como a confissão e a eucaristia, embora fosse agnóstico e filho de protestantes.

A partir da segunda metade do século passado, o enorme progresso das ciências físicas, químicas e biológicas, aliado ao grande desenvolvimento tecnológico, foram, cada vez mais, redirecionando a formação e a atuação do médico. Crescia o interesse pelas ciências experimentais e diminuía o interesse pelas humanas.

A medicina delirava sobre suas descobertas e conquistas, não havendo espaço para Deus nessas vitórias, pois tudo tinha de ser cientificamente comprovado para ser verdadeiro. Nos últimos anos do século passado, no entanto, provavelmente pelo momento escatológico do milenarismo, com a consequente necessidade de espiritualização do homem, vários centros mundiais de pesquisas médicas começaram a mostrar interesse em analisar os efeitos da espiritualidade e da religiosidade sobre a evolução das doenças, iniciando-se um movimento de reaproximação da medicina e da religião.

Com o aumento do interesse dos pesquisadores, vários encontros médicos foram realizados para discutir "Religião e Medicina",de modo que começaram a surgir idéias para a realização de estudos,na tentativa de comprovar a importância da fé na evolução das doenças.

Uma pesquisa realizada com seis pessoas religiosas e seis não religiosas, foi feita usando o PET scan, isto é, a tomografia computadorizada com emissão de positrons, antes e após de três leituras diferentes: a recitação do Salmo 22/23; de uma rima infantil e de uma leitura inespecífica (páginas de lista telefônica). As imagens PET mostraram ativação significativa de um circuito cerebral frontal parietal das áreas dorso lateral pré-frontal, dorso medial-frontal e medial-parietal da córtex dos religiosos durante a leitura do Salmo. (Azari, N.P and cols - "Neural correlates of religion experience". European Journal of Neuroscience - april - 2001).

É provável que essas áreas estejam conectadas com áreas cerebrais responsáveis pela imunidade do organismo humano. Cada vez mais vai ficando provado, cientificamente, que a Religião influencia fortemente na saúde das pessoas; por causa disso, hoje cresce bastante o número de pesquisas neste campo.

O Dr. Roque Savioli, depois de vários estudos sobre esta questão, está convencido que existe em nosso cérebro um "centro da fé" , que responde aos estímulos espirituais. Este, ao ser estimulado por um momento de oração, pode ocasionar resposta dos centros de imunidade orgânica.

Muitos cursos de medicina associando Religião e Medicina estão surgindo no mundo todo. Em 2002, 86 das 126 escolas de medicina dos USA ofereceram cursos de espiritualidade e saúde.

A Harvard Medical School (Escola de Medicina de Harvard, nos EUA) oferece o curso: "Espiritualidade e cura na medicina", curso anual, desde 1995 para todos profissionais de saúde dos EUA.

A Duke University mantém um "Centro de Estudos de Religião e Espiritualidade e Saúde".

Dr. Roque Savioli, em aula proferida na TV Canção Nova, no dia 30/09/2004, em nosso Programa Escola da Fé, apresentou dados muito interessantes que transcrevo aqui, sobre os efeitos da religião na saúde:

Mortalidade: estudo de 28 anos, com 5286 adultos com idades entre 21-61 anos, mostrou que nos praticantes de religião, havia 23% a menos de mortalidade do que nos não praticantes. Strawbridge, W. J. Am. J. Public Health, 87: 957,1997.

Meta-análise de 42 estudos, com mais de 126.000 casos revelou que os religiosos tem 29% de possibilidade de viver mais tempo do que os não religiosos.

Hipertensão Arterial - Koenig, H.G and Cols, estudando 3963 pessoas, notaram que aqueles que praticavam religião(ir a missa mais de uma vez por semana) tinham menor incidência de hipertensão arterial. (Int. J.Psychiatriy Med,24:122,1998).

Análise de 16 estudos recentes, 14 deles demonstraram que o envolvimento religioso estava associado a níveis menores de pressão arterial diastólica.

Doenças Cardiovasculares - estudo prospectivo de 23 anos de 10.059 casos, revelou que judeus ortodoxos tem risco coronário 20% menor do que os não religiosos. (Cardiology, 82: 100,1993).

Na análise de 16 estudos recentes, 12 mostraram que o envolvimento religioso estava associado a menor incidência de doenças cardiovasculares ou mortalidade cardiovascular.

Depressão - Comprovou-se que o envolvimento religioso é fator de prevenção contra a depressão em adultos com câncer. (Musick, MA; Koenig, H.G.; Hays, J.C.; Cohen, H. J-J Gerontol., 53, 1998).

Em 29 estudos que analisaram a relação entre depressão e religiosidade, 24 mostraram que o envolvimento religioso reduz os sintomas depressivos e previne novas crises.

Ansiedade - Em 114 pacientes com diagnósticos recentes de vários tipos de câncer, níveis maiores de espiritualidade estavam correlacionados a menores índices de ansiedade (Kaczorowschi, JM. Hosp. J.: 5,1985).

Em 70 estudos prospectivos e cruzados foi encontrada a relação entre envolvimento religioso e menor ansiedade ou medo.

Uso de drogas ou álcool - Estudo prospectivo de 1014 estudantes de medicina revelou, em 20 anos de "follow-up" (acompanhamento), que nos religiosos o índice de alcoolismo ou uso de drogas era expressivamente menor do que nos não religiosos. (Moore,RD and cols. Am.J. Med. 88: 332,1990).

Sistema imunológico - Em 106 portadores de AIDS notou-se associação entre religiosidade, menores índices de depressão e aumento do estado imunológico. (Woods, T. E. and cols. Journal of Psychosomatic Research, 46: 165,1999).

Efeitos benéficos da religiosidade - ajuda a pessoa a manter uma dieta saudável, livrar-se do tabagismo, alcoolismo e drogas. Favorece uma mente positiva e otimista que provoca uma ação sobre o eixo hipotálamo-adrenal-hipofisário com diminuição da liberação de cortisol e nor-adrenalina.

Efeitos negativos da religiosidade - Uma religiosidade fanática e mal orientada, pode causar prejuízos às pessoas, como por exemplo: descontinuidade de tratamento médico prévio, praticas danosas a saúde física e mental (jejum exagerado, auto-mutilações), surtos depressivos ou psicóticos após insucesso no resultado das preces; prática de algumas seitas religiosas podem estar associadas a maior incidência de doenças mentais.

Sobre os pacientes americanos: 95% dos americanos acreditam em Deus; 77 % gostariam que o seu médico falasse em Deus durante as consultas; 73 % acham que os médicos deveriam compartilhar suas crenças com os seus pacientes. No entanto, somente 10 a 20 % dos médicos falam de Deus para seus pacientes.

Sobre os médicos: 64 a 95 % acreditam em Deus; 77 % acham que os pacientes deveriam partilhar suas crenças com eles; 96% admitem ser o bem estar espiritual importante na saúde; 10 a 20 % não falam em Deus por acharem que é perda de tempo, ou por não se sentirem preparados para tal ou por terem dificuldade em identificar o paciente adequado.

Muitas publicações científicas internacionais têm surgido em todo o mundo. Alguns exemplos são:

- Mueller, Paul, S. and cols - "Religious Involvement, Spirituality, and Medicine: Implications for Clinical Pratice. Mayo Clin. Proc., 76: 1225, 2001.

- Koenig, Harold, G. and cols - "Religion, Spirituality, and Medicine: Aplication to Clinical Pratice". JAMA, 284: 1708, 2000.

- Sloan, R.P. and cols - "Religion,spirituality, and medicine". Lancet, 353:664,1999.

- Helm, H., Hays, J.C., Flint, E., Koenig, H.G., Blazer, DG (2000). "Effects of private religious activity on mortality of elderly disabled and nondisabled adults". Journal of Gerontology (Medical Sciences), 55A, M400-M405.

- Steffen, P. R., Hinderliter, A. L., Blumenthal, J. A., & Sherwood, A. (2001). Religious coping, ethnicity, and ambulatory blood pressure. Psychosomatic Medicine, 63, 523-530.

- Pargament, KI, Koenig HG, Tarakeshwar, N, Hahn, J (2001). "Religious struggle as a predictor of mortality among medically ill elderly patients: A two-year longitudinal study". Archives of Internal Medicine, 161, 1881-1885.

- Krucoff MW , Crater SW, Green CL, Maas AC, Seskevich JE, Lane JD, Loeffler KA, Morris K, Bashore TM, Koenig HG (2001). "Integrative noetic therapies as adjuncts to percutaneous intervention during unstable coronary syndromes: The Monitoring & Actualization of Noetic Trainings feasibility pilot". American Heart Journal 142,760-797.

- Ai, A.L., Peterson, C., Bolling, S.F., & Koenig, H. (2002). "Private prayer and the optimism of middle-age and older patients awaiting cardiac surgery". The Gerontologist, in press.

- Koenig HG (2002). "Religion, congestive heart failure and chronic pulmonary disease". Journal of Religion and Health, 41(3):263-278.

- Medical School Curricula in Spirituality and Medicine:

uguste H Fortin VI, Katherine Gergen Barnett. JAMA. Chicago: Jun 16, 2004. Vol. 291, Iss. 23; pg. 2883, 1 pgs

Puchalski CM, Larson DB. Developing curricula in spirituality and medicine. Acad Med. 1998;73:970-974.

John Templeton Foundation Spirituality and Health Programs. http://www.templeton.org/spirituality_and_health/programs.asp. Accessed May 19, 2004.

3. Green ML. Identifying, appraising, and implementing medical education curricula: a guide for medical educators. Ann Intern Med. 2001;135:889-896.

4. Deloney LA, Graham CJ, Erwin DO. Presenting cultural diversity and spirituality to first-year medical students. Acad Med. 2000;75:513-514.

5. Graves DL, Shue CK, Arnold L. The role of spirituality in patient care. Acad Med. 2002;77:1167.

6. Hull SK, DiLalla LF, Dorsey JK. Student attitudes toward wellness, empathy, and spirituality in the curriculum. Acad Med. 2001;76:520.

7. King DE, Blue A, Mallin R, Thiedke C. Implementation and assessment of a spiritual history taking curriculum in the first year of medical school. Teach Learn Med. 2004;16:64-68.

8. Lie D, Rucker L, Cohn F. Using literature as the framework for a new course. Acad Med. 2002;77:1170.

9. Lypson ML, Hauser JM. Talking medicine. Acad Med. 2002;77:1169-1170.

10. Montgomery K, Chambers T, Reifler DR. Humanities education at Northwestern University's Feinberg School of Medicine. Acad Med. 2003;78:958-962.

11. Musick DW, Cheever TR, Quinlivan S, Nora LM. Spirituality in medicine. Acad Psychiatry. 2003;27:67-73.

12. Quill TE, Dannefer E, Markakis K. et al. An integrated biopsychosocial approach to palliative care training of medical students. J Palliat Med. 2003;6:365-380.

13. Tang TS, White CB, Gruppen LD. Does spirituality matter in patient care? establishing relevance and generating skills. Acad Med. 2002;77:470-471.

14. Hebert RS, Levine RB, Smith CG, Wright SM. A systematic review of resident research curricula. Acad Med. 2003;78:61-68.

15. Green ML. Graduate medical education training in clinical epidemiology, critical appraisal, and evidence-based medicine: a critical review of curricula. Acad Med. 1999;74:686-694.

16. Graham-Pole J. "Physician, heal thyself. Acad Med. 2001;76:662-664.

17. Brokaw JJ, Tunnicliff G, Raess BU, Saxon DW. The teaching of complementary and alternative medicine in US medical schools: a survey of course directors. Acad Med. 2002;77:876-881.

Author Affiliation - Auguste H. Fortin VI, MD, MPH, and Katherine Gergen Barnett, Yale University School of Medicine, New Haven, Conn

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Fé e oração são a base do êxito do engenheiro católico que fez perfuração de resgate dos mineiros chilenos

HOUSTON, 14 Out. 10 (ACI) .- Greg Hall é o dono da empresa Drillers Supply International, responsável pela perfuração que permitiu o resgate dos 33 mineiros soterrados em uma jazida chilena. Este engenheiro norte-americano, que se confessa um devoto católico, assegura que a fé para superar os obstáculos e a oração cotidiana foram as chaves do êxito de sua missão.

Hall, que no dia 12 de fevereiro será ordenado diácono permanente, expressou sua emoção à cadeia Fox. "Foi um árduo trabalho mas vale a pena porque agora estes 33 mineiros podem se reunir com suas famílias. É impressionante ver como no lugar onde passei tanto tempo e pus tanto esforço estes mineiros estão saindo, é um sentimento maravilhoso", indicou.

A empresa de Hall opera no Chile há mais de 20 anos e se especializa em perfurações em rocha sólida. O Ministério de Mineração do Chile a escolheu para perfurar o túnel de 622 metros pelo qual saíram os mineiros como parte do chamado "Plano B".

O engenheiro explicou que buscou manter-se à margem dos mineiros de maneira afetiva para não perder a concentração em uma tarefa tão complicada, mas sempre recebeu o agradecimento dos familiares no acampamento Esperanza.

Sua esposa Angélica comentou que sentiram o "peso do mundo" sobre seus ombros quando souberam que sua empresa seria a encarregada da tarefa. "Tudo o que sabiam sobre estes procedimentos teve que ser mudado porque era a primeira vez que perfuravam para resgatar vidas humanas. A perfuração tinha que ser muito precisa, muito cuidadosa para que não se originasse um desmoronamento. Foi muito tenso", indicou.

"Mas também foi tudo muito emotivo, envolveu muita oração, muitas capacidades, muito planejamento e preparação, para fazer as coisas o mais perfeito possível", acrescentou.

Hall conserva como lembrança de sua missão uma carta em que os mineiros "basicamente me dizem obrigado pelo Plano B. Obrigado por não desfalecer. É algo que vou entesourar por sempre".

O engenheiro explica que não foi este trabalho aquilo que o ajudou a crescer na fé, mas foi a fé que o sustentou durante este processo que considera "de longe, a tarefa mais difícil tecnicamente para uma perfuração. Esses momentos nos que tudo parecia não dar certo eram momentos para a oração".

PT é furiosamente abortista e moralmente amoral, denuncia Dom Manoel Pestana

SÃO PAULO, 24 Set. 10 (ACI) .- O Bispo Emérito de Anápolis Dom Manoel Pestana Filho em uma carta a José Serra, na qual critica o candidato do PSDB por ter favorecido o aborto quando foi Ministro da Saúde, denuncia também a política "furiosamente abortista" e "desabridamente amoral" do Partido dos Trabalhadores da candidata Dilma Rousseff afirmando que se for eleita, seria uma "catástrofe incontrolável".

O Bispo expressa que as raízes cristãs de Serra não o deixarão "ir tão longe e tão fundo" quando se trata de atentar contra a vida dos não-nascidos. Dom Pestana acredita que há esperança de "conversão" para esse candidato em relação às suas posturas frente à vida, esperança que simplesmente não existe para Dilma e Lula, afirma o prelado.&&

Na missiva enviada por Dom Pestana a José Serra o prelado afirma ter conhecido o candidato "jovem ainda, simpatizante da JUC (Juventude Universitária Católica), num encontro em SP. Parecia-me inclinado à esquerda, um pouco deslumbrado, mas confiável. Acima de tudo com raízes cristãs".

"Mais tarde- continua Dom Pestana- encontrei-o poucas vezes, antes de vê-lo em Brasília, no Ministério da Saúde, quando protestava contra a sua Portaria que abria a porta ao aborto "legal".

Pudemos nos ver em Anápolis, na inauguração da Universidade de Goiás, quando ameaçou, em alta voz, prender o Pe. Lodi (conhecido sacerdote pró-vida) na sua campanha heróica".

"Agora estamos diante de uma encruzilhada trágica, entre o PT, furiosamente abortista e desabridamente amoral, e a sua posição também sanguinária, mas por enquanto mais comedida, porque creio que a sua história e as suas raízes não o deixarão ir tão longe e tão fundo", afirmou Dom Pestana.&&

"Agora não se trata de escolher o menor mal, mas entre uma catástrofe incontrolável e um incêndio limitado". Assim o bispo expressa sua esperança de que o candidato José Serra "se converta porque com Dilma e Lula não creio haver a mínima esperança de conversão", referindo-se às posturas destes políticos em relação à defesa da vida.

"Assim, ao menos a maldição do aborto não se perpetue com o desmantelamento da moral e possamos voltar a tempos melhores, que não me parece que mereçamos, devido ao nosso arrefecimento religioso e à busca desenfreada e imoral de vantagens, com toda espécie de capitulações traidoras", expressou Dom Manoel.

"Resolvi escrever estas linhas devido à minha preocupação pelo futuro desta Pátria tão cheia de maravilhas, talvez um gigante ainda adormecido em berço esplêndido, mas que poderá conhecer dias melhores se tiver filhos dignos, que saibam defender a vida em todos os momentos", conclui a carta do bispo emérito do Centro-Oeste brasileiro.

A Carta na íntegra pode ser vista em:

http://www.providaanapolis.org.br/index1.htm

As seitas: empresas religiosas

A RELIGIÃO COMO ASSUNTO PÚBLICO

Antigamente cada povo tinha "sua" religião. Esta representava a alma do povo e expressava seus valores mais profundos, seus enigmas e aspirações. Qualquer atentado contra a religião era considerado atentado contra o mesmo povo e, portanto, o culpado se fazia merecedor dos maiores castigos.

Na Grécia, por exemplo, o grande filósofo Sócrates foi condenado à morte por um motivo religioso. Ao ensinar os jovens a pensar, os fazia "duvidar" de certas crenças religiosas, o que lhe fez merecer a morte.

PERSEGUIÇÃO

Roma considerava-se tolerante no campo religioso para com todos os povos submetidos. A estes era permitido seguir seus "deuses" desde que aceitassem a superioridade da religião romana, na qual a mesma Roma era considerada divindade suprema.

Quando o general Pompeu (63 dC) anexou a Roma a província da Judéia, apresentou-se o problema religioso, já que os judeus se recusavam a reconhecer outro Deus além de Javé. Contudo, o problema foi logo resolvido pois os judeus não eram proselitistas, sentindo-se satisfeitos por ser apenas eles o "povo eleito". Por essa razão Roma, com facilidade, lhes permitiu que prosseguissem com suas crenças religiosas uma vez que não representavam qualquer perigo para os demais. O problema se tornou complicado quando surgiu o Cristianismo, com uma força missionária considerável. Pareceu para Roma que o Cristianismo poderia representar um sério perigo para o Império já que a nova religião mexia com o fundamento do Estado, representado por sua religião. Assim, respondeu com uma feroz perseguição que durou aproximadamente trezentos anos, com contínuos altos e baixos.

RELIGIÃO OFICIAL

Finalmente, no ano 313 dC, o imperador Constantino decretou a liberdade de culto ao constatar a inutulidade da perseguição, visto que de todos os modos a nova religião prosperava cada dia mais e que transformava seus cidadãos em pessoas honestas e trabalhadoras, patriotas e colaboradoras do progresso.

Tamanho foi o entusiasmo por fazer-se cristão que, em pouco tempo, quase todos os cidadãos romanos se integraram à Igreja, restando poucos seguidores do antigo culto. Estes normalmente habitavam em pequenos povoados afastados da civilização, razão pela qual passou-se a usar a palavra "pagão" (do lat. "pagus" = "aldeia") com o sentido de "não cristão".

Considerando esta nova realidade, logo o Catolicismo foi considerado como a religião oficial do Império. Ruindo este (476 dC), surgiram outros reinos em seu lugar, todos eles adotando o Catolicismo como religião oficial.

Baseando-se no antigo costume de considerar a religião como um assunto público e não privado, pouco a pouco chegou-se a formular o seguinte princípio jurídico: "Cuius regio, eius religio" (=a religião da região será a mesma de quem a governa), segundo o qual o súdito estava obrigado a adotar a religião do rei. Onde o rei era católico, todos estavam obrigados a serem católicos; onde o rei era luterano, todos estavam obrigados a serem luteranos; onde o rei era anglicano, todos estavam obrigados a serem anglicanos etc. Para os que não queriam obedecer, aplicava-se a pena de morte.

LIBERDADE RELIGIOSA

Nas regiões católicas, normalmente não houve maiores problemas a respeito. Houve sim grandes problemas nos países regidos por reis protestantes ou anglicanos. Seguindo o princípio luterano da livre interpretação da Bíblia, logo começaram a surgir grupos de crentes inconformados com a religião oficial, provocando uma forte repressão por parte do governo.

Para escapar à perseguição e poder viver sua fé em paz, muitos emigraram para as colônias inglesas da América do Norte. Estando ali gente que, em geral, estava fugindo da perseguição religiosa, estabeleceram o princípio da liberdade religiosa que, ao se tornar independente os Estados Unidos com relação à Inglaterra, tornou-se lei.

Na Europa, muitos pensadores estavam lutando pela mesma causa. Desta maneira, pouco a pouco o princípio da liberdade religiosa foi se expandindo até se transformar em princípio universal, com raras exceções, especialmente nas regiões muçulmanas.

EXPLOSÃO DAS SEITAS

Até aqui, tudo parece lógico e positivo. O problema surgiu quando passou-se a considerar a religião como qualquer outro "negócio": uma empresa comercial, segundo a oferta e a procura, utilizando técnicas de mercado e tendo o "lucro" como elemento determinante.

Já não importa o sentido da fidelidade à Cristo, ao seu Evangelho e à sua Igreja. O que importa é aumentar o número de fiéis, conquistar o povo e arrecadar o máximo possível de bens.

Obviamente, como em qualquer assunto, não faltam pessoas sérias, que buscam a Deus sinceramente. No entanto, a impressão geral que se tem dos fundadores e dirigentes de seitas é a de que parecem mais empresários do que profetas, mais especializados em psicologia e oratória do que em Bíblia e ascética.

REGRESSO AO SAGRADO

Após o fracasso das ideologias e desencantamento causado pela busca insaciável do prazer, estamos assistindo a um fenômeno geral de seguir o sagrado e o espiritual. Contudo, tal regresso não está se realizando através das igrejas históricas, que se apegam ao racional e revelado, mas vem como resposta do próprio homem a seu anseio de segurança e busca do sentido da vida, em todas as fontes, desde a Bíblia até as religiões orientais, o paganismo, o esoterismo, o ocultismo, a gnose, a psicologia etc.

Por isso, hoje em dia o católico precisa ser mais crítico quanto ao fenômeno religioso, tomando consciência dos riscos que implicam aproximar-se de tal fenômeno sem uma preparação específica a respeito. O fato é que muitos, que a princípio pareciam bem tolerantes no campo religioso, depois de aderirem ingenuamente a algum destes novos grupos, tornaram-se extremamente sectários, fanáticos e ferozmente anticatólicos.

O que teria acontecido se, antes de se envolver cegamente com algum destes novos sistemas religiosos, tivesse conhecido algo a mais sobre a sua própria Igreja? Sem dúvida, não se teria deixado converter-se tão facilmente.

CONCLUSÃO

As seitas não são tão boas quanto parecem à primeira vista ou nos querem dar a entender. Nelas há de tudo: boa fé, busca do sentido da vida, espiritualidade, superação de certas atitudes negativas... porém, ao mesmo tempo, há também o engano, a exploração, a alienação e a busca do poder. Portanto, se realmente estamos comprometidos com o homem concreto, não podemos deixar de fazer uma atenta análise quanto a este fenômeno que, sob o manto de uma profunda religiosidade, esconde os interesses mais variados, às vezes totalmente contrários aos ideais proclamados por suas próprias palavras.


Autor: Pe. Flaviano Amatulli Valente

Fonte: Site - Apologetica.Org

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Astrologia - horóscopo?

A astrologia pretende definir as peripécias da vida humana a partir da posição ocupada pelos astros na ocasião do nascimento da respectiva pessoa. Ora tal "ciência" é falsa por diversos motivos:

- baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas, entre os quais é enumerado o Sol;

- a existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal;

- os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhecem-se interferências dos mesmos no espaço que outrora se ignoravam. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição nno espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?

- a astrologia incute mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem.

Comentário: Em todos os tempos, e ainda hoje, está em voga a astrologia ou o horóscopo. Especialmente quando começa o ano civil, as revistas ilustradas pretendem desvendar o futuro na base da astrologia; de resto, todos os dias a imprensa publica o horóscopo, aconselhando ao leitor crédulo o que deva fazer ou evitar. Embora muitas pessoas digam que não acreditam no horóscopo, no seu íntimo não deixam de fazer fé no que lhes é assim recomendado

Eis por que nos voltaremos, nas páginas seguintes, para o fenômeno do horóscopo ou da astrologia, procurando avaliar o seu fundamento e o seu valor.

1. Astrologia ou horóscopo: quanto vale?

1.1. Fundamentos da astrologia
Etimologicamente astrologia significa estudo dos astros. Na linguagem comum designa o estudo na influência dos astros no comportamento dos homens.

Horóscopo (do grego horoskópos) designa a arte de observar (skopein) a posição dos astros por ocasião (hora) do nascimento de uma criança. O momento preciso da natividade e a configuração dos astros são tidos como importantes para descrever-se a futura sorte do indivíduo.

A astrologia e o horóscopo são cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C. Pode-se explicar o surto dessa "arte" se se leva em conta que a vida humana é cheia de insegurança (nas épocas remotas ainda mais do que em nossos tempos): um dia é feliz e próspero, outro é desgraçado ou sem êxito. Ora essa versatilidade outrora era atribuída a forças superiores que influenciariam a conduta do homem; tais forças eram os astros, que os homens facilmente identificavam com divindades. Destas premissas originou-se o desejo de conhecer de antemão as circunstâncias e ocasiões em que os astros seriam favoráveis ou desfavoráveis ao homem. Conhecendo-as, o homem poderia superar a sua insegurança ou o seu medo, pois se acautelaria contra as más influências dos seres superiores.

Na época em que a astrologia começou a ser cultivada, os estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral; ignoravam as distâncias dos planetas ao Sol ou à Terra; mal conheciam a natureza do Sol, da Lua e dos outros astros. Imaginavam a existência do zodíaco, isto é, de uma faixa ou de um anel que cercaria a Terra; nessa faixa mover-se-iam o Sol, a Lua, os planetas maiores e grande parte dos menores; a circunferência desse anel imaginário (360º) estaria dividida em doze segmentos (cada qual de 30º); em cada um desses segmentos existiria um compartimento chamado "caso do horóscopo"; tais compartimentos teriam um símbolo ou um sinal próprio; os doze símbolos assim concebidos seriam os sinais do zodíaco (do grego zódion, figura de animal ou de vivente), que assim eram (e são) denominados: Carneiro, Touro, Gêmeos (irmãos), Câncer (caranguejo), Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Arqueiro (Sagitário), Capricórnio (cabra ou cauda de peixe), Aquário, Peixes. Os sinais do zodíaco, reunidos em grupos de três, correspondem às estações do ano de tal modo que a primavera abrange Carneiro, Touro e Gêmeos...

1.2. A influência real dos astros sobre a Terra

A astronomia é a ciência que trata da constituição e do movimento dos astros sem as conotações filosóficas e religiosas que caracterizam a astrologia. As suas afirmações resultam da observação objetiva e criteriosa dos astros. Ora os astrônomos ensinam que a influência do Sol sobre a Terra é relativamente importante, a da Lua é muito secundária, enquanto a dos planetas é quase nula.

Com efeito. Toda a energia de que dispomos, em última análise, provém do Sol; mesmo o carvão com que se acendem as caldeiras, o petróleo que se consome nos carros e aviões, são produtos fósseis fotoquímicos da energia solar.

Quanto à Lua, é um astro pequeno, cuja massa não ultrapassa 1% do globo terrestre. Não tem luz própria, mas apenas reflete uma parte da luz solar, segundo o albedo 0,073¹. Por causa da sua proximidade em relação à Terra (380.000 km), a Luz provoca o fenômeno das marés (em alto mar, a elevação das águas em alta maré não vai além de 35 cm). Contrariamente ao que pensa o povo, a Lua não exerce influência sensível sobre o tempo e a metereologia.

Os planetas são corpos relativamente frios. O seu brilho resulta unicamente da difusão da luz solar, o seu colorido deve-se às propriedades físico-químicas do respectivo solo ou da sua atmosfera: Marte apresenta-se com a sua coloração de ferrugem porque, através da sua atmosfera muito tênue, percebemos os seus desertos recobertos de poeira avermelhada. Saturno possui uma atmosfera de metano e amoníaco, que absorvem os raios vermelhos da luz solar - o que confere a Saturno uma coloração pálida ou lívida. A energia que provém dos planetas é tão fraca e a distância dos mesmos em relação à Terra é tão grande que a sua influência é praticamente nula¹.

Quanto às estrelas, a energia que a Terra recebe de cada centímetro quadrado de Sirus, a estrela mais clara do céu que vemos, requer 200.000 anos para elevar de um grau Celsius a temperatura de um dedal cheio de água.

Mas não seria possível admitir forças desconhecidas que atuem sobre o planeta Terra?

Sim; é possível. É até mesmo provável que as haja. Todavia é preciso lembrar que as fontes donde podem provir distam da Terra alguns bilhões de anos-luz (um ano-luz eqüivale a 9461 x 10 ¹² km); donde se deduz que tais forças - se existem - não podem exercer influência importante sobre a vida humana.

1.3. E os acertos da astrologia?

Dir-se-á: "Pouco importam os cálculos teóricos. O fato é que as predições dos astrólogos muitas vezes se cumpriram". - "Muitas vezes" é expressão hiperbólica; ademais note-se: não poucas predições de astrólogos são vagas e, por isto, sempre parecem realizar-se justamente porque são imprecisas ou flexíveis². Na verdade, o cumprimento de autênticas predições dos astrólogos se explica ou pela aplicação das leis da probabilidade (de acertos) ³ ou porque o astrólogo, sendo bom psicólogo ou bom parapsicólogo, consegue perceber algo dos traços íntimos ou ocultos guardados no inconsciente da pessoa que o consulta.

Registram-se também erros flagrantes de astrólogos. Por exemplo: repetidas vezes os astrólogos predisseram a morte do presidente Eisenhower, dos Estados Unidos, em data precisa, mas foram sempre desmentidos; não se tem notícia, porém, de que hajam predito o assassínio de John Kennedy. Em 1963, poucas horas antes do golpe mortal contra o presidente Kennedy, foi publicado o livro de famoso astrólogo, no qual se lia: "Acaba de convencer-nos a constelação do presidente Kennedy, que goza de grandes probabilidades de ser reeleito em novembro de 1964". Os Cahiers d'Astrologie (guia dos astrólogos que se dizem científicos) publicaram em seu número de setembro de 1939 a seguinte observação:

"... Este número que aparece nas horas obscuras, pode suscitar paz no leitor, pois a guerra mundial não está inscrita no céu da Europa".

Ora a segunda guerra mundial começou aos 3 de setembro de 1939!

Outro desmentido famoso foi infligido a Gabriel Trorieux d'Egmonde: no fim de 1939, publicou uma série de previsões sobre a guerra em curso, nas quais afirmava espetacular vitória das forças francesas sobre Adolf Hitler, sólida colaboração de franceses e ingleses na luta contra os alemães, a resistência inabalável das tropas belgas aos inimigos germânicos, o extraordinário valor militar do Estado-Maior francês... Ora a realidade foi exatamente oposta: em junho de 1940 a França caía sob os golpes dos alemães, depois que estes haviam invadido a Bélgica... Aliás, diz-se também que Hitler tomava suas decisões de acordo com o oráculo dos astrólogos - o que lhe valeu precipitar a Alemanha na mais atroz catástrofe da sua história!

À vista de tantos desatinos da astrologia, a Sociedade Americana de Estudos Psicológicos e Sociais publicou a seguinte declaração oficial:

"Os psicólogos não vêem indício de que a astrologia tenha valor como indicação do passado ou do futuro para a vida... de alguém. Por conseguinte, esta Sociedade lamenta a adesão de grande parte do público a uma prática mágica que não consta com o mínimo apoio de fatos científicos".

Passemos agora a uma

2. Reflexão final

Três são os principais pontos que, no caso, ocorrem à reflexão do estudioso:

1) A astrologia supõe uma mentalidade mitológica e uma realidade cósmica já superada. A sua ordem origem está na época em que os homens se julgavam totalmente dependentes das forças da natureza; personificavam essas forças e as concebiam como deuses e demônios; adoravam o Sol e a Luz. Os predicados legendários dos deuses do Panteon grego, eles os transferiam aos planetas. O planeta mais belo foi identificado como Vênus e considerado benfazejo. A cor de sangue de Marte levou os astrólogos a qualificá-lo como deus da guerra, da peste e da morte. O planeta majestoso que leva doze anos para percorrer a abóbada celeste, é Júpiter. O último dos planetas conhecidos na antigüidade tem aspecto pálido e sinistro; leva trinta anos para percorrer as constelações do zodíaco, por isto foi chamado Saturno; identificaram-no também com Chronos, o deus que devora seus filhos; por isto aquele bloco de rochas e de gases foi tido como maléfico. Ora todos estes elementos derivados de religiosidade primitiva ainda estão na base da astrologia moderna, que diz ser científica!

2) Na verdade, a astrologia é anticientífica. Com efeito:

- Os pressupostos da astrologia e do horóscopo estão todos ultrapassados. Sim; a astrologia baseia-se na cosmologia geogêntrica de Ptolomeu: conhece "sete planetas" apenas, entre os quais é numerado o Sol! Hoje conhecemos mais planetas e nossa visão do grande cosmo se alterou profundamente, pois passamos do geocentrismo para o heliocentrismo.

- A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal.

- Os sinais do zodíaco não são unidades cosmológicas, mas são estrelas separadas umas das outras por vastos mundos ou sistemas.

De modo geral, as figuras, os sinais, as casas, os ângulos com que lida a astrologia, só existem como tais na imaginação do homem. O retângulo da "Grande Urso" só existe na retina do homem e não na realidade do espaço; as estrelas que popularmente parecem próximas e relacionadas entre si, muitas vezes não estão no mesmo plano nem à mesma distância de nós.

- Mais ainda: há cerca de dois mil anos a passagem do Sol pelo ponto vernal (início da primavera) coincida com a entrada do Sol no compartimento correspondente à constelação do Carneiro. Mas verifica-se que o ponto vernal retrocede sobre a eclíptica¹ segundo o ritmo de 50",26 por ano, ou seja, de 30º (um sinal do zodíaco) em 2.150 anos. Nos tempos atuais quando se inicia a primavera, o Sol já ultrapassou a metade da constelação dos Peixes, mas continua-se a dizer que ele então entra na casa do Carneiro. Existe, pois, uma defasagem entre os nomes das pretensas casas do zodíaco e os nomes das constelações correspondentes. Serão necessários 25.790 anos para se restabelecer a coincidência entre essas pretensas casas e as constelações de que tiram o nome.

Com outras palavras: o sinal do Carneiro corresponde hoje não à constelação do Carneiro, mas à constelação dos Peixes. Por conseguinte, a pessoa a quem os astrólogos dizem: "Você nasceu sob o signo do Carneiro!", na verdade foi, ao nascer, irradiada pela constelação dos Peixes. Não obstante, dar-se-lhe-á o horóscopo do Carneiro! Esta verificação por si só evidencia quão pouco científica ou quão anticientífica vem a ser a horoscopia.

- Hoje sabe-se que os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis: conhecem-se interferências dos mesmos no espaço e nos planetas que outrora se ignoravam. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?

- Por último, merece atenção a desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem uniformemente no caso citado?

É por ser anticientífica (dada à fantasia exuberante e primitiva) que a astrologia não encontra aceitação por parte dos astrônomos ou dos homens de ciência. Estes, ao descobrirem mais e mais a existência, a distância, a composição, as transformações e atividades dos planetas e das estrelas, verificam que as afirmações dos astrólogos são arbitrárias ou mesmo falsas.

3) A astrologia supõe e comunica uma mentalidade fatalista - o que é nocivo ao homem e destruidor da personalidade. Concorre para negar a liberdade de arbítrio do homem e a soberana liberdade de Deus; perturbações mentais, depressões nervosas, inimizades, suicídios..., têm sido a conseqüência da adesão à astrologia. Mais: se Deus criou astros que por si são maléficos, Deus é o autor dos seus malefícios. Observa sabiamente S. Agostinho:

"Os astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros" (Confissões, I, IV, c. 3).

Donde se vê que chegou o tempo de se remover da mentalidade dos homens do século XX a superstição que se chama "astrologia" a fim de fazer que o ser humano se encontre melhor consigo mesmo e com o Criador.

À guisa de bibliografia:

FASBENDER, J., Astrologie, em Sacramentum Mundi I. Freiburg im Breisgau 1967, cols. 356-358.

GAUQUELIN, M., Le dossier des influences cosmiques: caractères et tempèraments, Paris 1923.

LECUREUX, BERNADETTE, Pouvons-nous croire à l'astrologie? em Ecclesia 216, mars 1967, pp. 105-115.

OBERSTATTER, A., Pouvons-nous croire à l'astrologie, em Ecclesia 225, décembre 1967, pp. 67-76.

OMEZ, R., L'occultisme devant la science. Paris 1963.

IDEM, E